"Temos de pôr este museu a receber mais pessoas", enfatizou, destacando a "necessidade de se trabalhar para aumentar o número de visitantes". Isto só será possível, segundo Jaime Silva, se o museu incluir uma valência gastronómica, que garantirá a sua sustentabilidade financeira. "Porque não hão-de cá vir pessoas beber ou comer?", questionou.
Se em outros tempos, o museu recebia a visita de dez mil pessoas por ano, agora regista apenas três mil. Os cerca de três mil metros quadrados de exposição são geridos por dois funcionários, que passaram para o quadro da mobilidade do ministério. Jaime Silva garantiu, porém, que os funcionários não vão para o desemprego, até porque está confiante que a parceria a estabelecer com a Câmara vai trazer uma boa solução para os trabalhadores.
"É um museu que não podemos fechar", esclareceu , sublinhando que aquele é um espaço que ultrapassa os limites do interesse regional, pelo espólio que possui. Jaime Silva pretende assim estabelecer parcerias para dinamizar o museu, integrando-o nas rotas do vinho do Oeste, com mostras de produtos para cativar consumidores. Satisfeito com a abertura demonstrada pela tutela, o presidente da Câmara de Alcobaça, Gonçalves Sapinho, referiu que a autarquia "pode gerir melhor" o museu, do que o Estado. O autarca confidenciou, ainda, que a associação de agricultores local está disponível para entrar na parceria.