Como resultado da apreensão, que decorreu no primeiro trimestre deste ano, foram instaurados processos de contra-ordenação a três agentes económicos da região, que incorrem, agora, em coimas que podem atingir os 30 mil euros, além da perda do produto que, no mercado, poderia valer cerca de 600 mil euros, com custos de produção na casa dos cem mil euros.
Ao que o DN conseguiu apurar, a acção decorreu na região do concelho de Vila Nova de Foz Côa e abrange uma adega cooperativa e uma empresa exportadora. Informação que o IVDP se recusou a comentar, remetendo quaisquer declarações para o comunicado de imprensa, onde dá conta da apreensão e das contra-ordenações.
Recorde-se que, desde 2002, no interior da região, apenas podem ser produzidos os vinhos licorosos "Porto" e "Moscatel do Douro", sendo proibida a elaboração, armazenagem, detenção e comercialização de outros vinhos licorosos. Isto porque estes vinhos não estão sujeitos às mesmas regras de qualidade, nomeadamente a autorização de produção mediante o sistema de benefício, em que apenas as melhores parcelas são eleitas para a produção de vinho do Porto. As restantes uvas apenas podem ser utilizadas para a produção de vinho de mesa.
Acções de fiscalização
Para evitar situações semelhantes, o IVDP tem na Região Demarcada do Douro e no Entreposto Comercial de Gaia nove brigadas. Em 2006, as equipas efectuaram mais de 2300 acções de fiscalização, recolhendo 2800 amostras de vinho e verificado, fisicamente, cerca de 39 milhões de litros de vinho e 320 postos de venda.