O sector quer que Bruxelas o compense pelo acordo assinado anteontem (apesar do voto contra de Portugal, Áustria e Alemanha), que prorroga sem termo certo a autorização dada aos produtores de vinho norte-americanos para utilizarem designações tradicionais do vinho do Porto, como "vintage", "tawny" e "ruby".
Para Isabel Marrana, em termos comerciais, o acordo não produz alterações, mas por um "equilíbrio de interesses" a Comissão Europeia acaba por legitimar uma prática já existente e que lhe é prejudicial porque pode levar os consumidores a comprar um produto pensando que se trata de vinho do Porto, entende.
Hoje, os EUA são o mercado onde o vinho do Porto mais vende produtos de valor elevado, com um preço médio por litro de nove euros. Nas categorias especiais, é o segundo maior comprador, a seguir ao Reino Unido, e no cômputo geral, é o sexto maior, quer em termos de valor quer em volume. Entre Janeiro e Outubro deste ano, foram exportados para aquele país 3,07 milhões de litros, correspondentes a 27,67 milhões de euros.