Vinhos alentejanos querem conquistar rapidamente posição forte no mercado
Diário Económico | 21-04-2006
A Enoforum, empresa portuguesa criada por seis adegas cooperativas da região alentejana, pretende conquistar "rapidamente" uma posição forte no mercado angolano, onde espera vender até ao final do ano 60 mil garrafas da sua gama de vinhos.
"Pretendemos ganhar rapidamente uma posição forte no mercado angolano, pelo que estamos a vender com preços muito simpáticos e competitivos", afirmou Delfim Costa, da Enoforum, na apresentação da nova gama de vinhos alentejanos disponível no mercado angolano.
Delfim Costa assegurou que a Enoforum está a iniciar a sua presença em Angola "com a disposição de não ser um exportador passivo, mas empenhado".
"O objectivo é levar vinho de qualidade a todo o mercado de Angola", frisou.
Nesta fase de entrada no mercado angolano, a Enoforum disponibiliza três vinhos tintos e dois brancos das suas marcas Alentex e Porta do Castelo, esperando comercializar 60 mil garrafas até ao final do ano.
"Este projecto apareceu para conseguir nos mercados internacionais o sucesso que o vinho alentejano está a ter no mercado
português, porque é claramente o líder", afirmou Delfim Costa.
A Enoforum foi criada há cerca de dois anos por seis adegas cooperativas da região alentejana, tendo como objectivo expandir internacionalmente os vinhos daquela região do sul de Portugal.
A expansão para os mercados internacionais é o novo objectivo dos vinhos produzidos na região alentejana, que já conquistaram uma quota de 44% do mercado português.
Depois de terem sido lançados nos mercados da Holanda, Alemanha, Estados Unidos e Cabo Verde, as duas marcas de vinhos da Enoforum, denominadas Alentex e Porta do Castelo, estão agora também disponíveis em Angola.
Estas duas marcas, que estão disponíveis apenas para exportação, abrangem um conjunto de vinhos brancos e tintos que cobrem
os principais segmentos da procura, criados por Luís Duarte, um enólogo português de origem angolana.
Os vinhos da Enoforum são comercializados em Angola pela empresa Pegasus, tendo o seu administrador, Hélio Pegado, assegurado o empenhamento em fazer chegar as duas marcas alentejanas às várias províncias angolanas, não limitando a sua comercialização a Luanda.
As exportações de vinhos portugueses para Angola representaram no ano passado 4,1% do total das vendas de Portugal para este país lusófono.