Caves do vinho do Porto podem ser Património Mundial
Sessenta mil contos é quanto a Câmara Municipal de Gaia vai investir na realização de um estudo de viabilidade da candidatura das Caves do Vinho do Porto a Património Mundial, mas tudo depende da associação de empresas do sector.
A Câmara Municipal de Gaia assinou este sábado um protocolo com a Fundação Rei Afonso Henriques para a realização de um estudo de viabilidade da candidatura das Caves do Vinho do Porto a Património Mundial, mas para isso, é preciso a aprovação da associação das empresas do sector e sessenta mil contos.
Um dos artigos do documento apresentado determina que a formalização da candidatura só se realizará caso a Câmara e a Associação das Empresas de Vinho do Porto a considerem, em simultâneo, útil e pertinente.
No final da cerimónia, Isabel Marrana, directora da Associação das Empresas de Vinho do Porto, confirmou que a instituição, não tem restrições à ideia da candidatura: «Esta é uma boa ideia, mas tem que ser trabalhada e, no final, tem que ser avaliada. Nós temos a garantia que a nossa palavra será ouvida nessa avaliação, pelo que não temos restrições a colocar. Na altura própria, vamos avaliar o projecto e tomar uma posição», afirmou.
O trabalho vai ser realizado no prazo de seis meses, e a equipa que vai elaborar este estudo definirá a área a classificar, os seus pontos fortes e fracos, o enquadramento e a fundamentação da candidatura.
Os trabalhos terão como coordenador o engenheiro civil e urbanista, José Lameiras, sendo a equipa técnica constituída por Rui Loza (Urbanismo), Teresa Andersen (Paisagem), Manuela Juncal (Património Arquitectónico), José Alberto Fernandes (Geografia Urbana) e Rui Tavares (História).
No entanto, Menezes frisou que «não há que ter pressa, é preferível preparar o caminho com calma».
O autarca defendeu ainda a importância do envolvimento do Estado, da diplomacia portuguesa e da comissão nacional da UNESCO para o sucesso deste projecto.