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Agricultura e vinho são âncoras para desenvolver Douro

Diário de Notícias | 18-03-2013 | Geral, Regiões
A vice presidente do CDS-PP Assunção Cristas defendeu hoje, em Santa Marta de Penaguião, na região do Douro, a agricultura e o vinho como boas âncoras para fixar pessoas e desenvolver estes territórios.
Assunção Cristas participou na apresentação da candidatura do engenheiro Roque Brandão à Câmara de Santa Marta de Penaguião, nas próximas eleições autárquicas.

Este concelho está localizado em plena Região Demarcada do Douro, onde os pequenos e médios viticultores se queixam de uma crise que se arrasta há mais de uma década e onde a principal organização representativa da lavoura, a Casa do Douro, vive asfixiada com uma dívida de mais de 110 milhões de euros e salários em atraso.

Questionada sobre os problemas do Douro, Assunção Cristas, que também desempenha o cargo de ministra da Agricultura, não quis "misturar temas" e recusou fazer qualquer comentário.

Mostrou-se apenas profundamente convicta de que "a agricultura e o vinho são de facto boas âncoras para fixar pessoas e desenvolver estas regiões".

"Nós, este ano, por exemplo, não temos nenhum problema com o escoamento do vinho, de forma alguma. O que há são problemas e dificuldades antigas que acabam por subsistir e dificultar a vida aos agricultores", afirmou aos jornalistas.

Em relação às eleições autárquicas, a vice presidente do CDS salientou que o partido tem a ambição de conseguir os "melhores resultados possíveis" e, sobretudo, "ter uma atitude de grande realismo, de grande proximidade, de grande escuta e de procura de soluções concretas para as diferentes realidades".

Cristas referiu ainda que "todos os atos eleitorais são difíceis para o CDS".

"Em todo o país sentimos sempre que o eleitorado tradicionalmente se reparte entre os partidos que são de maior dimensão e, como é evidente, com outros meios à disposição, financeiros, humanos e às vezes outros meios que são menos próprios, mas que também existem", frisou.

E, segundo sublinhou, o CDS "não tem nada disso".

"O que tem é a sua autenticidade, um discurso realista, verdadeiro, que procura ir ao encontro das preocupações das populações", salientou.

Roque Brandão é, de acordo com Assunção Cristas, um "candidato forte", que não precisa da política porque "tem uma vida profissional intensa, mas que está disponível para dar à sua comunidade aquilo que são as suas competências, a sua experiência, o seu saber fazer".

"Isso é de louvar, numa altura difícil para o país, em que os cargos públicos são de exercício também difícil, podemos sentir que há gente capaz de se pôr ao serviço dos outros", afirmou.

O candidato apresentou um conjunto de medidas que quer desenvolver num concelho que, em 10 anos, perdeu dois mil habitantes.

Roque Brandão quer criar um fundo municipal para apoiar os idosos na aquisição de medicamentos e um subsídio de apoio à natalidade que tem de ser gasto no comércio tradicional, reduzir as taxas municipais a quem se queira instalar nas aldeias do concelho e ainda criar a primeira aldeia "zero carbono" do país.

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