Solar do Vinho do Porto pode vir a ser gerido por operador privado
O presidente da concelhia socialista do Porto disse hoje que o partido vai propor na próxima reunião de Câmara que seja lançado um concurso de concessão do Solar do Vinho do Porto, fechado desde Janeiro.
O dirigente da concelhia portuense do PS, Manuel Pizarro, afirmou aos jornalistas, nos jardins do Solar, considerar "essencial para a cidade" o funcionamento daquele equipamento, que pode ser uma "âncora" de atração turística, numa zona para além do Centro Histórico da cidade.
"A solução que o PS proporá na reunião da Câmara é que seja estabelecido um protocolo entre a Câmara e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) que permita utilizar a designação de Vinho do Porto e clarificar regras de apoio ao funcionamento do Solar e, ao mesmo tempo, que seja aberto um concurso de concessão e exploração do Solar que permita que num prazo máximo de seis meses seja reaberto e devolvido à cidade", afirmou Pizarro.
De acordo com a proposta de recomendação do PS, o Solar do Porto necessita de uma verba de 200 mil euros, gerando um prejuízo anual de 44 mil euros, valores que o dirigente socialista considera que podem ser compensados a um eventual operador privado através de negociações no sentido de aumentar o prazo de pagamento das rendas do espaço.
"Não será difícil encontrar promotores privados interessados em concorrer à exploração do Solar do Vinho do Porto", declarou Manuel Pizarro, acrescentando que este é um "bom exemplo" de algo que pode ser concedido a privados sem prejuízo do público.
Na reunião de câmara de 19 de junho, o PS abordou o encerramento do Solar do Vinho do Porto e manifestou a sua "preocupação" face a essa situação e o presidente da Câmara, Rui Rio, respondeu que "a solução" está nas mãos do IVDP.
"Mas a Câmara está disponível para fazer uma pequena parceria" para manter aberto o Solar, anunciou também o autarca, considerando, porém, que é preciso avançar "com calma".
"É um equipamento que faz toda a lógica", completou Rio.