Sogrape lucra mais 10% apesar da quebra das vendas no último ano
Grupo português investiu 50 milhões de euros na compra de uma empresa de vinhos espanhola.
A Sogrape, o maior grupo português produtor de vinho, lucrou 10,3 milhões de euros no ano passado, um aumento de 9,9% face ao exercício de 2010. Esta melhoria resultou, sobretudo do "grande esforço de contenção de custos", explicou o presidente-executivo do grupo, Salvador Guedes, ao Diário Económico.
O crescimento dos resultados líquidos da Sogrape foi também acompanhado de uma redução de 30% da dívida, que atingiu 25 milhões de euros, num ano em que o volume de negócios do grupo caiu 4% para 180 milhões de euros. "Correu bem se considerarmos a situação que vivemos", justifica Salvador Guedes.
A quebra na facturação, explica o mesmo responsável, foi "afectada pelo mercado interno, que caiu cerca de 10%, pela perda em volume e em quota no Canadá com os vinhos argentinos, perdemos também uma marca que representávamos nos EUA e a desvalorização do dólar que também não ajudou".
As operações do Chile, Argentina e Nova Zelândia valeram 20% das vendas. Pela primeira vez, o Chile gerou um "cash-flow" operacional positivo e a Nova Zelândia estreou-se nos lucros.