Moscatel da José Maria da Fonseca dá a volta ao mundo a bordo do Navio Escola Sagres
A José Maria da Fonseca irá aproveitar mais esta Volta ao Mundo de 11 meses do Navio Escola Sagres para re-editar o seu famoso Moscatel Torna Viagem.
A 19 de Janeiro, quando o Navio Escola Sagres zarpar de Alcântara levará a bordo dois cascos com Moscatel Roxo 1999 e dois cascos com Moscatel de Setúbal 1998.
Estes vinhos irão passar por quatro vezes a linha do Equador, sofrer a constante ondulação do Navio, bem como a influência das diversas condições meteorológicas pelas quais o Navio for passando e, à chegada a Portugal, este já famoso vinho da José Maria da Fonseca terá desenvolvido uma qualidade superior, que o tornará facilmente distinguível em provas comparativas com o mesmo vinho que fica a repousar nas Caves de Azeitão.
"Com os choques térmicos sofridos durante a viagem, sabemos que o Moscatel Torna Viagem terá uma cor mais escura e características totalmente diferentes do que o vinho que ficou cá em Portugal", explica António Soares Franco, presidente do Conselho de Administração da José Maria da Fonseca.
De acordo com as anteriores experiências, nos meses seguintes à chegada do Moscatel a Portugal a equipa de Enólogos da JMF, chefiada por Domingos Soares Franco, diz que "o Moscatel fica mais redondo e aveludado, menos agreste e bastante mais complexo. Resumindo, transforma-se num vinho único, maravilhoso!".
Moscatel Torna Viagem passa pelos 5 continentes
Quatro cascos de Moscatel irão a bordo do Navio Escola Sagres, numa volta ao mundo com a duração de 11 meses, percorrendo uma distância de 35 mil milhas.
A viagem a realizar pelo Moscatel Torna Viagem a bordo do Navio Escola Sagres inicia-se no dia 19 de Janeiro em Lisboa e terminará no dia 23 de Dezembro de 2010, em vésperas do Natal deste ano.
O Moscatel de Setúbal passará por cinco continentes e marcará presença em locais históricos e emblemáticos para Portugal como Salvador da Baía, Macau, Malaca, Díli e Goa.
Nesta viagem, o Moscatel Torna Viagem testemunhará o estreitar das relações entre Portugal e os países asiáticos: as comemorações dos 150 anos do Tratado Portugal-Japão, assim como as comemorações dos 500 anos de Afonso de Albuquerque, são alguns dos acontecimentos marcantes desta volta ao mundo do Navio Escola Sagres.
A experiência de uma viagem de Moscatel passando a linha do Equador realizou-se recentemente em 2007 e em 2000, desta feita por altura da comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil e também nestas duas viagens se comprovou a qualidade superior do vinho no seu regresso a Portugal.
Torna Viagem: uma experiência centenária
A José Maria da Fonseca descobriu o Torna Viagem há mais de um século. Na época em que navios cruzavam os mares do Mundo fazendo todo o tipo de comércio, era comum levarem à consignação cascos de Moscatel de Setúbal.
Os comandantes, que recebiam uma comissão pelo que vendiam, nem sempre os conseguiam comercializar na totalidade. Na volta a Portugal, depois do périplo, em que se submetiam a diversos climas e significativas variações de temperatura, os cascos eram devolvidos à casa mãe. Ao serem abertos, o resultado era quase sempre uma grata surpresa: geralmente o vinho estava bastante melhor do que antes de embarcar.
A passagem pelos trópicos, a caminho do Brasil, África ou Índia, quando atravessava por duas vezes a linha do Equador, uma na ida, outra na volta, melhorava a qualidade do Moscatel de Setúbal e conferia-lhe grande complexidade.