A sessão, que começou por volta das 9h00 na Alfândega do Porto, reuniu representantes das oito capitais mundiais do sector vitivinícola, em que estiveram igualmente presentes o presidente cessante da Rede de Capitais de Grandes Vinhedos (RCGV) Hector Smud, a Comissária Europeia Para a Protecção dos Consumidores Meglena Kuneva e, em representação do Ministério da Agricultura Jorge Monteiro.
Rui Rio lembrou a condição de membro fundador da RCGV, rede “ambiciosa, mas de difícil gestão”. “O dia-a-dia obriga-nos a encontrar pontos de interesse comuns e plataformas de entendimento que sejam úteis para a projecção das nossas comunidades e das economias que lhe estão associadas”, disse. O presidente da CMP, que este ano acolhe a reunião da RCGV, considerou que é tempo voltar a atenção da RCGV “para o exterior” e não só para “os diferentes agentes que gravitam à volta do sector vitivinícola”, “mas também para a população em geral e para a promoção do diálogo interinstitucional e interorganizacional”.
Rui Rio referiu ainda a importância do sector para a construção da cidade do Porto. “Desde a origem da cidade, são visíveis a influência e as marcas deixadas pela importância do sector do vinho. Elas estão na sua organização, no seu desenvolvimento urbano, no seu perfil económico, na sua arquitectura, na sua cultura e na sua história”, disse.
Hector Smud, presidente cessante da RCGV que ontem passou o testemunho a Rui Rio, falou das dificuldades inerentes ao trabalho decorrente de uma organização como a RCGV, enfatizando a diversificidade desta. O responsável salientou a necessidade de “partilhar experiências, contribuindo com diferentes pontos de vista” para o progresso do sector. Para Hector Smud torna-se igualmente necessário procurar e aplicar “novas técnicas”, assim como “pensar o vinho na óptica do consumidor Para tal, o “Novo Mundo” poderá contribuir para a Europa com “novas técnicas” e com a “inclusão de novos vinhos”. A comissária europeia para a Protecção do Consumidor salientou que é necessário repensar o sector. “Precisamos de uma reforma do vinho. Perguntar porquê e como vamos fazer essa reforma”, disse. Os alvos principais desta reforma são, segundo a comissária europeia, “aumentar a competitividade dos produtores de vinho da EU”, criando um regime que “preserve as melhores tradições da produção europeia”.