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Objectivo é manter a liderança no mercado mundial

Ministro da Agricultura defende rápida reforma do sector do vinho

Lusa | 16-09-2007 | Geral, Economia
O ministro português da Agricultura, Jaime Silva, defendeu hoje como essencial uma rápida reforma da Organização Comum do Mercado (OCM) do vinho, apostada em "passar à ofensiva" e "manter a liderança europeia" no mercado mundial do sector.

"O imobilismo, mantendo as mesmas regras na OCM do vinho, levar-nos-á a acentuar a perda do nosso mercado face aos vinhos de outras proveniências", alertou o ministro durante a conferência de imprensa que se seguiu ao trio de presidências Alemanha, Portugal, Eslovénia, que hoje decorreu no Porto no primeiro dia da reunião informal de ministros da Agricultura da União Europeia (UE).

Segundo afirmou Jaime Silva, "a UE ainda lidera o mercado mundial do vinho, mas tem sofrido nos últimos anos uma perda de competitividade, inclusive no seu mercado interno", e para manter a liderança "tem que ser capaz de ter qualidade e diferença".

"Portugal já respondeu a este desafio, por exemplo com vinhos como o Mateus Rosé", afirmou, salientando a importância de se "responder com qualidade quer à procura de vinhos exigentes com larga expansão, quer de vinhos para nichos de mercado altamente especializados".

Neste âmbito, Jaime Silva apontou a visita de amanhã ao Douro como a oportunidade para os ministros dos 27 conhecerem "a região com denominação de origem mais antiga do Mundo" e perceberam o que motivou a sua nomeação para Património da Humanidade.

"Queremos mostrar aos europeus como é importante preservar estas regiões, promovendo a qualidade e competitividade da agricultura europeia, protegendo, ao mesmo tempo, zonas magníficas como o Douro", sustentou.

Neste sentido, o ministro apontou entre os "desafios" que se colocam na reforma da OCM do vinho a promoção da sustentabilidade, a par da competitividade.

Assumidamente "optimista" quanto ao futuro do sector vitivinícola português, Jaime Silva recordou que Portugal "é um dos Estados-membros com maior número de variedade de castas".

"Os evidentes casos de sucesso no sector do vinho em Portugal têm, nos últimos anos, demonstrado um dinamismo e ganhos de competitividade até surpreendentes", afirmou, salientando que "os produtores portugueses estão cada vez mais a reconverter as vinhas velhas para as variedades que os mercados mais procuram" e que "os vinhos portugueses são os que mais prémios conquistam".

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