Uma grande manifestação de vitalidade dos sectores da vinha e do vinho em Portugal que acorreram ao pavilhão quatro da Feira Internacional de Lisboa (FIL) para conhecer as últimas novidades mundiais em equipamentos para vinhas e adegas.
Esta edição da Feira decorreu num momento de grande incerteza, apesar das notas de optimismo que decorrem da retoma do consumo no conjunto do mercado mundial e do abandono de muitas vinhas nos países tradicionalmente produtores. O crescimento do consumo está a registar-se, sobretudo, em países como os Estados Unidos da América, o Brasil, os países asiáticos e do norte da Europa.
Este e outros temas de actualidade foram o centro da discussão promovida pela organização do ENOVIT nas suas conferências especificamente destinadas aos sectores da vinha e do vinho.
Se, no sector da vinha, a expectativa é que o eventual arranque financiado leve a um equilíbrio entre a oferta e a procura e, logo, à estabilização, crescem, no entanto, as dúvidas sobre a capacidade de manutenção de muitos milhares de pequenos viticultores menos competitivos como consequência do fim das operações de intervenção remunerada da União Europeia sobre excedentes de mercado.
No sector do vinho, todos os olhos estão postos na tendência de crescimento do mercado, bem como nas actuais dificuldades de escoamento do excesso de oferta existente no mercado.
No conjunto, os agentes económicos do sector manifestam-se esperançados numa rápida recuperação do mercado, até pelos dados de crescimento das vendas registados no mercado nacional em 2006, e esperam a chegada do novo Plano de Desenvolvimento Regional, ainda no primeiro semestre de 2007, para relançar os seus investimentos na melhoria da qualidade das suas empresas.
Duas certezas partilhadas por todos:
o futuro será das melhores empresas, as mais competitivas e competentes, com capacidade para impor a qualidade dos seus vinhos a preços competitivos nos mercados internacionais;
o próximo Quadro Comunitário de Apoio, será a última oportunidade de cofinanciar os investimentos dos produtores de modo a garantirem a melhoria da competitividade das suas empresas.