Vendas recorde Setembro levam Carmim a subir 50% facturação nos 9 meses
A Carmim conseguiu vender quantidades de vinho recorde em Setembro, subindo 139 por cento face a igual mês de 2005, o que contribuiu para o crescimento de 50 por cento da facturação nos primeiros nove meses.
Em declarações hoje à agência Lusa, o director-geral da adega cooperativa agrícola de Reguengos de Monsaraz, José Canita, avançou que, a manter-se este ritmo de vendas das suas marcas, 2006 será um "ano recorde, o melhor de sempre da Carmim".
Em Setembro, a Carmim registou transacções mensais recorde do conjunto das suas várias marcas, com 2,5 milhões de garrafas vendidas, mais 139 por cento que um ano atrás, correspondendo a uma facturação de 4,3 milhões de euros, contra 1,8 milhões no mesmo mês de 2005.
Para o período de Janeiro a Setembro foram vendidas 18,4 milhões de garrafas, mais 62 por cento que no mesmo período de 2005, enquanto a facturação crescia 50 por cento, para 21,2 milhões de euros, salientou José Canita.
O Verão correu muito bem para esta adega cooperativa alentejana e a média de subida do volume vendido nos três meses atingiu 180 por cento, "principalmente no rosé e nos brancos", mas com os vinhos tintos a registarem igualmente um bom comportamento, refere José Canita.
O último recorde mensal de vendas de vinho da Carmim tinha sido registado em Setembro de 2003, com 2,4 milhões de garrafas, num ano que também marcou a maior quantidade anual de sempre vendida, ou seja, 21,3 milhões de garrafas.
O optimismo de José Canita estende-se à vindima deste ano que está correr bem, esperando-se uma boa quantidade de vinho e de boa qualidade.
As exportações da Carmim não ultrapassam três a quatro por cento do total de vendas.
O director-geral da Carmim está muito satisfeito com o desempenho conseguido e classifica-o de "muito bom", atendendo à forte concorrência no mercado e ao elevado número de marcas de vinho portuguesas.
Explicou que as razões para o sucesso dos últimos meses das suas marcas passam, por isso, "pela política definida no início do ano e que se caracteriza por uma maior agressividade no mercado".
"Há muito vinho no mercado nacional e o poder de compra baixou, por isso, era necessário um ajustamento nos preços de venda ao público", esclareceu.
Por outro lado, a Carmim apostou em mais parcerias com a grande distribuição, o que foi um dos factores mais importantes para o reconhecimento e divulgação das suas marcas mais emblemáticas, reconheceu José Canita.
É que cerca de 70 por cento das vendas da adega cooperativa de Reguengos de Monsaraz é feita através da grande distribuição (na maior parte grandes superfícies), onde em Setembro, houve uma aposta nas feiras dos vinhos para divulgação das suas marcas.
Mas, o responsável não deixa de referir-se à "maior colaboração com o canal Horeca" (hotéis, restaurantes e cafés), o que resultou em aumentos da presença das marcas Pedras d'El Rei, Reguengos e Monsaraz.
Dizendo que a Carmim é líder nacional no canal Horeca e na grande distribuição, o seu responsável frisa que 40 por cento do vinho vendido em Portugal é do Alentejo.
A Carmim tem várias marcas de vinho (Olaria, Terras d'El Rei, Reguengos, Monsaraz, Bom Juíz, Carmim) para 20 referências diferentes.