Advogados protestam contra más condições
Jornal de Notícias | 11-01-2006
A primeira sessão do julgamento dos 100 arguidos envolvidos no caso de falsificação de vinho do Porto ficou marcada pelo protesto de alguns advogados, que se queixaram das más condições do tribunal improvisado em Lamego.
Durante a primeira audiência, ouviram-se protestos relativos à insuficiência de aquecimento no pavilhão do complexo desportivo de Lamego onde decorrerão as sessões. Alguns advogados apresentaram, até, requerimentos de protesto através dos quais se queixaram da falta de tomadas para ligar os computadores, de acesso à Internet e da distância a que ficam os lugares de estacionamento.
Ao final da tarde, a juiz-presidente do colectivo interrompeu a audiência, dando um prazo de cinco dias ao Ministério Público para apresentar contraditório aos requerimentos dos advogados. O julgamento será, pois, retomado no dia 17.
Os 100 arguidos - 63 individuais e 37 empresas - respondem por crimes que vão desde a falsificação de vinho, contrafacção de selos, associação criminosa, falsificação de documentos e fraude fiscal, que terá lesado o Estado em cerca de 3,5 milhões de euros. Os factos terão ocorrido desde 1998 e terminaram com a investigação da Brigada Fiscal da GNR, em Novembro de 2002.