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Ministro sublinha importância dos seguros das colheitas

“Estado não pode resolver tudo", referiu Jaime Silva na visita à região do Douro

Jornal de Notícias | 16-06-2006
"O Estado não pode à primeira calamidade, vir dizer que vai resolver tudo, porque isso é um desincentivo àquilo que deve ser o normal: todos os agricultores fazerem seguros", disse o ministro da Agricultura, Jaime Silva, no início da visita à região do Douro, para avaliar os estragos causados pelo mau tempo.

A produção agrícola da região, em particular a de vinho do Porto, foi fortemente afectada por chuvas intensas e queda de granizo nos últimos dias, mas desconhece-se ainda a extensão e o montante dos prejuízos. 

"Sei que há pequenos agricultores, principalmente da zona do Pinhão que não têm seguros. Vamos ver e analisar qual é a extensão dos prejuízos e depois anunciaremos o que podemos fazer para apoiar", declarou o ministro. 

É "importante que os agricultores se consciencializem que têm que fazer seguros”, até porque "o Estado gasta anualmente 20 milhões de euros a apoiá-los" para isso, frisou Jaime Silva. Os agricultores têm apoios estatais de até 75 por cento para contratar seguros, uma medida "que só existe nesta actividade económica", acrescentou. 

No entanto, o ministro já garantiu que serão criadas "medidas de apoio" aos agricultores da zona afectada, que poderão contar, desde já, com apoios até 75 por cento a fundo perdido para obras de reconstrução de muros e caminhos. 

Dados preliminares apontam para uma área de 1700 hectares atingidos pelo mau tempo em zona de vinha e de produção de vinho de Porto, nos concelhos de São João da Pesqueira, Alijó, Sabrosa e Tabuaço, distritos de Vila Real e Viseu.

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