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Produção de vinho vai aumentar 8% em 2015

Jornal de Negócios | 06-08-2015 | Geral, Economia
As previsões do Instituto da Vinha e do Vinho apontam para a produção total de 6,7 milhões de hectolitros na campanha de 2015, depois da quebra no ano passado. Só Setúbal, Tejo e Alentejo não melhoram o comportamento.
Em 2015, a produção de vinho em Portugal deverá aumentar cerca de 8% face à anterior campanha, para um volume total de 6,7 milhões de hectolitros. No ano passado, os vitivinicultores portugueses produziram um total de 6,2 milhões de hectolitros, o que representou uma ligeira quebra de 0,8% face ao período homólogo.
 
As previsões divulgadas esta sexta-feira, 31 de Julho, pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), organismo liderado por Frederico Falcão, apontam para uma subida da produção na maioria das regiões. As excepções são a quebra de 10% prevista para a Península de Setúbal devido à "escassez de água" e a manutenção da produção nas regiões do Tejo e do Alentejo, embora com "menor incidência de doenças face a uma campanha normal".
 
"Na maioria das regiões onde se prevê aumento de produção, as vinhas apresentam, em geral, um bom desenvolvimento vegetativo e um bom estado sanitário, perspectivando-se um ano com vinhos de excelente qualidade", estima o instituto público tutelado pelo Ministério da Agricultura, que coordena e controla a organização institucional do sector, além de auditar o sistema de certificação de qualidade e acompanhar e preparar a aplicação das políticas comunitárias.
 
Em 2014, a quebra na produção acabou por ser mais ligeira do que a que tinha sido prevista pelo IVV antes da vindima. Os maiores problemas durante o período de floração afectaram sobretudo o Norte e Centro do país, onde a produção caiu 10%, mas acabaram por ser quase compensados pelo crescimento no Alentejo (9%), Tejo (17%) e na Península de Setúbal (22%).

Em volume, Portugal é o 12.º maior produtor e o nono maior exportador a nível mundial. Em termos de valor, as empresas portuguesas exportam perto de 60% da produção e conseguem vender no exterior os seus vinhos engarrafados pelo quarto maior preço médio mais elevado em todo o mundo (2,55 euros por litro em 2014, face a 2,37 euros obtidos em 2013), só atrás da França, Nova Zelândia e Estados Unidos.
 
As exportações do sector tiveram no último ano o quinto registo consecutivo de crescimento, embora tenha abrandado o ritmo, progredindo apenas 0,4% face ao ano anterior (em que tinham aumentado 2,4%), para um total de 728,7 milhões de euros. Para este comportamento no valor das vendas portuguesas ao exterior contribuiu a subida de 7% do preço médio por litro, que voltou a compensar a quebra em volume.

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