Mais de 300 provadores escolhem até quinta-feira melhores vinhos nacionais
Mais de 300 provadores vão apreciar durante quatro dias, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA), em Santarém, 640 amostras de vinhos de perto de 250 produtores de todo o país, na quinta edição do Concurso Nacional de Vinhos.
Mário Louro, responsável por esta iniciativa do CNEMA, disse à agência Lusa que pelos claustros do centro de exposições de Santarém vão passar até quinta-feira, uma média de 80 provadores por dia, 12 dos quais estrangeiros.
A prova que irá distinguir os melhores vinhos nacionais recebeu hoje a visita do ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, ele próprio provador em edições anteriores, que esteve acompanhado pelo secretário de Estado da Agricultura, João Diogo Albuquerque.
O secretário de Estado destacou a importância do setor, que classificou como estratégico para a economia nacional.
Mário Louro disse à Lusa que este concurso permite aos produtores nacionais verem a qualidade dos vinhos de cada denominação ser confrontada com as outras origens.
“Podem aquilatar as capacidades dos seus vinhos por um júri único no país reforçado por jornalistas estrangeiros e sommeliers [escanções] internacionais”, disse, sublinhando a importância desta iniciativa para a promoção dos vinhos nacionais.
Entre os provadores estão ainda especialistas das várias grandes superfícies, o que permite “fazer a ponte” com a comercialização, frisou.
O concurso nacional de vinhos foi originalmente promovido pela antiga Junta Nacional do Vinho e posteriormente pelo Instituto da Vinha e do Vinho, tendo o CNEMA recuperado a iniciativa há cinco anos depois de 13 anos de interrupção, disse.
Mário Louro sublinhou o facto de neste concurso estar a ser usado um software criado especificamente para este fim.
As provas são feitas dentro de “uma confidencialidade total”, procurando a composição das equipas de jurados garantir resultados homogéneos, afirmou.
Os produtores pagam 75 euros por cada amostra submetida a concurso (100 euros se for apenas uma), sublinhando Mário Louro que faltam apoios institucionais para garantir a continuidade de um concurso que, pela sua complexidade, tem custos elevados.