Montréal rende-se à qualidade da comida e dos vinhos portugueses
A 11ª edição do Festival "Montréal en Lumiére", que teve Portugal como país convidado, levou ao Canadá a maior delegação de sempre de chefes e produtores de vinhos nacionais, além das fadistas Mísia e Ana Moura e da actriz e cineasta Maria de Medeiros.
Foi talvez a mais importante acção de promoção da gastronomia e dos vinhos portugueses alguma vez realizada no estrangeiro, a avaliar pela enorme cobertura mediática dispensada ao evento naquele país.
A representação de Portugal foi assegurada por 21 chefes de cozinha e 18 produtores de vinhos. Em concreto, estiveram presentes os chefes Fausto Airoldi, Sergio Arola, José Avillez, Luís Baena, Rita Chagas, Vítor Claro, Nuno Diniz, Marco Gomes, Joachim Koerper, Isabelle Allexandre, Albano Lourenço, António Nobre, Pedro Nunes, Rui Paula, Leonel Pereira, Paulo Pinto, Henrique Sá Pessoa, Vítor Sobral, Ljubomir Stanisic, José Júlio Vintém e Luís Américo e os produtores Quinta do Vale D. Maria, Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Niepoort, Duorum, Malhadinha Nova, Quinta da Chocapalha, José Maria da Fonseca, Herdade do Esporão, Dona Maria Vinhos, Herdade das Albernoas, DFJ Vinhos, Quinta do Portal, Quinta do Mouro, Aliança-Vinhos de Portugal, Luís Pato, J. Portugal Ramos e Carm - Casa Agrícola Reboredo Madeira.
Montréal é a segunda cidade do Québec, a mais importante província do Canadá e grande consumidora de vinhos de qualidade. O Festival "Montréal en Lumiére" pretende revitalizar a cidade no Inverno, oferecendo aos seus cidadãos e aos visitantes um sem número de propostas culturais e gastronómicas. O evento é tão importante que atrai anualmente cerca de 750 mil pessoas.
A decisão de escolher Portugal como país convidado na edição deste ano foi muito influenciada pelo prestígio e envolvimento do empresário Carlos Ferreira, proprietário do Ferreira Café, um dos mais conceituados restaurantes de Montréal.
Pedro Lopes Vieira, da Herdade do Esporão, assumiu a tarefa de coordenar, da parte de Portugal, todos os produtores contactados e, em pouco tempo, foi organizada uma delegação com vinhos bem representativos do melhor que se produz em Portugal.
Cada um dos chefes cozinhou durante dois dias num restaurante da cidade, elaborando um menu específico para ser acompanhado com vinhos portugueses. Em simultâneo, a Société des Alcohols du Québec (SAQ), a entidade responsável pelo monopólio das compras de vinho naquela província canadiana, instalou um mini salão num centro comercial de Montréal durante quatro dias para provas dos vinhos representados no Festival.
A presença dos produtores nacionais serviu, assim, para colocar em evidência, junto dos conselheiros da SAQ, a qualidade dos vinhos Portugueses, abrindo novas oportunidades de negócio num mercado tão importante como é o do Canadá, um país com alto poder aquisitivo.
A participação Portuguesa foi um êxito, com as criações gastronómicas e os vinhos a geraram reacções entusiásticas. Os principais meios de comunicação do Québec dedicaram grande atenção ao evento, não poupando elogios a Portugal, que foi apresentado como "um país fabuloso, uma terra incrivelmente fértil, com uma diversidade agro-alimentar e vinícola excepcional".