Vinho: Sector não foi ainda afectado por crise e exportações atingem 220 ME por ano
O sector de produção de vinho exporta 220 milhões de euros por ano e ainda não foi afectado pela crise internacional, afirmou ontem o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.
Jaime Silva, que foi ouvido na comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, referiu que "a crise ainda não afecta o sector, mas não está excluído que o possa afectar".Aliás, o sector do vinho pode beneficiar da linha de crédito de 175 milhões de euros destinada à agricultura portuguesa, decidida pelo Governo para ajudar a enfrentar as dificuldades relacionadas com a situação de crise internacional.
O ministro salientou o rejuvenescimento como uma evolução fundamental para a modernização da agricultura portuguesa, e também no sector do vinho está em curso um programa de apoio ao arranque de vinhas, principalmente para viticultores com idades superiores a 55 anos.
Respondendo ao deputado do CDS/PP Abel Baptista, que frisou a "perda" de 16 mil agricultores no último ano, o ministro avançou que, no último ano, o número de jovens agricultores a apresentar projectos candidatos a apoios foi semelhante ao número total de candidaturas de jovens recebidas em sete anos, entre 2000 e 2007.
Por outro lado, "quase 50 por cento destes jovens têm formação superior", especificou o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas à agência Lusa, à margem da audição.
O deputado Carlos Poço, do PSD questionou o ministro acerca dos atrasos nos pagamentos das ajudas a projectos aos agricultores, tendo Jaime Silva reafirmado que os montantes estão a ser transferidos para o sector sem atrasos.
Somente na realização de controlos o ministro reconheceu que, do total de 11.673 a fazer, ainda faltam cerca de 600, uma situação que minimizou, justificando com o "quadro de reestruturação de todo o Ministério e a redução de efectivos".
No entanto, Jaime Silva garantiu que no primeiro trimestre a situação dos controlos será recuperada, estando o processo "praticamente concluído".
