A Confederação dos Agricultores de Portugal, CAP, estima que esta OCM levará a que 30 a 50 mil produtores abandonem o sector até 2010, não só devido à campanha de arranque prevista, como à queda do preço e também à redução dos apoios ao sector, calculados em menos 40%.
Em Portugal, 277 mil pessoas trabalham a tempo inteiro na vitivinicultura, contra 500 mil em Itália, 270 mil em França e 150 mil em Espanha. Somos também o País, depois da Eslovénia, onde as explorações empregam mais mão-de-obra e onde a produtividade é menor.
Com esta OCM, que a Comissão quer ver aprovada até ao final do ano, Bruxelas pretende que se arranquem 175 mil hectares de vinha no espaço europeu nos próximos três anos, para que os excedentes estruturais de vinho diminuam.
Mas também no arranque a OCM do vinho vai penalizar Portugal, uma vez que os primeiros agricultores a inscreverem-se na campanha (geralmente provenientes de países com maior capacidade de organização) serão aqueles que maiores probabilidades terão de receber os incentivos.
As duas questões foram debatidas esta semana com o Ministro da Agricultura, Jaime Silva, numa reunião onde participaram diversas associações do sector.
Portugal considera que a proposta, tal como está, não deve ser aprovada, por penalizar fortemente os interesses nacionais.