Maia abriu Congresso do Vinho Verde
A história dos vinhos verdes, a sua produção, as suas perspectivas, as perspectivas e desafios das região dos vinhos verdes são alguns dos temas da iniciativa, que durante três dias inclui actividades como almoços e prova de vinhos no Mosteiro de Ancede, almoços, um jantar oferecido sábado pela Câmara Municipal de Baião ou visitas aos solares do vinho verde, Casa de Vilacetinho, Casa de Vila Boa de Quires e Fundação Eça de Queirós e a entronização no domingo de novos confrades da Confraria do Vinho Verde no Mosteiro de São Salvador de Moreira da Maia.
Durante a abertura do evento, que aconteceu no Fórum local, Manuel Pinheiro, responsável máximo pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes começou por negar a existência de crise em relação ao produto, afirmando que “a colheita relativa ao corrente ano, apesar de a quantidade não ser muito grande, será de excepcional qualidade”.
Vendas crescem
“Há cinco anos que as vendas crescem e há três anos que a exportação estão a aumentar. De notar que as receitas cobradas aos produtores não aumentam porque as receitas têm vindo em sentido crescente”, disse aquele responsável, acrescentando que “o problema está na imagem secundária que se tem dos vinhos verdes, que estão a ser vendidos a um preço muito baixo, sendo desvalorizados.
Qualquer produtor daria muito mais por uma garrafa de outro vinho. A imagem que se tem é que este vinho é de segunda, sendo cada vez mais exportado para fora dos países e áreas de emigração, que eram os grandes consumidores”.
A realização do congresso acabaria depois por ser considerada por António Barros Cardoso, presidente da APHVIN, sedeada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto “um passo fundamental para a ultrapassar esse deficit de imagem”.
De salientar ainda a esperada intervenção do antigo Ministro da Agricultura e euro-deputado Arlindo Cunha, que no domingo abordou o tema «O Vinho Verde a União Europeia».
