Em declarações à agência Lusa, Manuel Pinheiro apontou a conclusão da certificação pela norma europeia NP EN 450011, actualmente em "fase final", o investimento na promoção para aumento das exportações e a reconversão da vinha como prioridades para este mandato, que termina em 2009.
O processo eleitoral na CVRVV decorreu terça e quarta-feira, com os 20 membros do conselho geral da comissão, representando os 35.000 produtores da região, a elegerem pela primeira vez os novos órgãos sociais, até agora nomeados pelo Estado.
O processo decorre do novo sistema de entidades certificadoras, inserido na reforma do sector que foi promovida pelo ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva.
Com um orçamento anual na ordem dos seis milhões de euros, a CVRVV é uma entidade privada a quem cabe a certificação e promoção dos vinhos da região.
Segundo afirmou à Lusa Manuel Pinheiro, após cinco anos consecutivos de aumentos de vendas, sobretudo para exportação, dos seus vinhos brancos, a região dos Vinhos Verdes espera este ano uma valorização da uva e dos vinhos, na sequência da quebra prevista de 30 por cento na produção.
Conforme explicou, esta diminuição resultou da chuva que se registou durante a floração e do míldio que consequentemente afectou as uvas ao longo de todo o ano.
No caso dos vinhos tintos, cujo stock existente na região é bastante elevado, esta quebra acaba por ser positiva, esperando-se que permita uma subida do preço da uva ao produtor.
Depois de em 2006 ter batido um recorde de exportações, que somaram 23 milhões de euros, ultrapassando o limite psicológico dos 10 milhões de litros, a CVRVV pretende nos próximos anos manter esta tendência apostando forte na promoção.
De acordo com o presidente da comissão, o objectivo é manter nos dois dígitos o ritmo de crescimento das vendas para os Estados Unidos e Canadá, assim como a boa performance que tem vindo a ser conseguida na Alemanha e Reino Unido.
Segundo dados da CVRVV, o Vinho Verde é o segundo vinho português mais exportado, depois do vinho do Porto, detendo a região uma quota de mercado de 17,8 por cento em Portugal, "que tem vindo a crescer ligeiramente".