Segundo Nuno Cavaco, da consultora Leadership, o plano estratégico tem por objectivos “melhorar o modelo de actuação entre a UDACA [União das Adegas Cooperativas do Dão] e as próprias cooperativas, potenciar a região demarcada do Dão e aumentar a competitividade”. “Trata-se de um trabalho ambicioso, a realizar em 16 semanas, em que se pretende definir uma estratégia sustentada com resultados no terreno”, acrescentou Nuno Cavaco.
A sessão de arranque do plano estratégico decorreu em Viseu, nas instalações da UDACA. Segundo os responsáveis da UDACA, o plano “visa aumentar a visibilidade dos vinhos do Dão, alinhar a acção do sector cooperativo e os produtores individuais, reorganizar os custos de produção e focalizar mercados adequados de exportação”. Visa também “focalizar-se na vinha, qualidade da uva e garantir o cumprimento dos requisitos de licenciamento industrial e ambiental até 2007". Nuno Cavaco explicou que “serão feitos diagnósticos em cada uma das cooperativas e da própria UDACA”, realçando “a necessidade de se recolher informação fidedigna em tempo útil”. “É importante falar com enólogos e apurar-se em que é que cada adega é boa e que puzzle é que podemos construir”, referiu.
Sublinhou a necessidade de se “perceber em que mercados o vinho do Dão deve estar e como deve estar”, apelando também “para a união de todos, para conseguirem dar a volta e reposicionar-se no sector”. Nuno Cavaco deu o exemplo “do sucesso da Lactogal, em que a Proleite, Agros e Ladicoop se uniram para fazer frente à Parmalat”. “A união faz a força e a criada Lactogal conseguiu 60 por cento da quota de mercado”, alegou. Objectivo passa por aumentar a visibilidade dos vinhos. A aproximação das cooperativas é fundamental para abordar o mercado.