Adega Cooperativa de Favaios estuda fusão com adegas de Alijó e Pegarinhos
A Adega Cooperativa de Favaios quer apostar na concentração, encontrando-se em cima da mesa um projecto de fusão com as adegas de Alijó e Pegarinhos, disse hoje o director, Luís Barros.
Depois de integrar o projecto A9, que junta nove adegas do país com o objectivo de organizar uma estratégia comum de internacionalização, a cooperativa de Favaios está agora a estudar a fusão com as outras duas adegas do concelho de Alijó.
"Estamos interessados nessa união. Mas são passos que têm que ser dados devagar e com muito cuidado. Estamos abertos e em fase de negociações para que essa união possa existir com Alijó e Pegarinhos", afirmou o director Luís Barros à Agência Lusa.
O projecto inicial de fusão das adegas do concelho de Alijó, lançado em 2006, incluía ainda a cooperativa de Sanfins do Douro que entretanto já fechou as portas.
Luís Barros frisou as "mais valias" da concentração, as quais, na sua opinião, passam pela "economia de escala, nomeadamente no que diz respeito às encomendas de garrafas, rolhas ou rótulos".
"Com maior volume, podemos obter melhores preços nesses produtos", frisou.
A Câmara de Alijó patrocina o projecto de viabilização da fusão das cooperativas, com o objectivo de ajudar as adegas com sede no município.
Segundo o autarca socialista Artur Cascarejo, a concentração permitirá atravessar melhor "a grave crise económica que se instalou um pouco por todos os sectores de actividade e muito particularmente na vitivinicultura".
"É urgente encontrar uma solução que assente na gestão profissional e numa mudança de paradigma de funcionamento que seja adequado às novas regras do mercado", acrescentou.
Só deste modo, afirmou Artur Cascarejo, será possível "continuar a defender os interesses dos associados e garantir os postos de trabalho dos funcionários das cooperativas."
O projecto A9, lançado em Novembro, integra as adegas cooperativas de Arruda dos Vinhos, Almeirim, Pegões, Caves de Santa Marta, Caves Vale do Rodo, Favaios, Udaca, Vercoope e Soadegas.
O A9 é responsável por cerca de 15 por cento da produção de vinho em Portugal, possui uma média anual de volume de negócios na ordem dos 86,5 milhões de euros, dos quais 13 milhões resultam de exportações.
A produção anual ronda os 110 milhões de litros numa área de vinha com cerca de 22 mil hectares.
No âmbito do projecto, representantes das adegas estão a realizar nos mercados de exportação provas de vinhos com imprensa especializada, importadores e restaurantes para promover as respectivas marcas.