UTAD mostrou o seu centro de investigação do vinho
No Douro, o momento é de crise, com as vendas de vinhos, sobretudo de vinho do Porto, em queda significativa. Mas nunca como hoje se falou tanto em investigação, inovação e desenvolvimento, com projectos que, a serem concretizados, poderão vir a ter grandes repercussões futuras na produção vitivinícola regional.
Depois te ser sido conhecida a aprovação como cluster de uma candidatura da ADVID - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense ao programa Estratégias de Eficiência Colectiva (ver Local de terça-feira), foi apresentado também na semana passada, na Régua, um esboço do que poderá vir a ser o novo Centro de Excelência da Vinha e do Vinho (CEVV) de Trás-os-Montes. A candidatura às verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional terá que ser apresentada até ao final deste mês.
Este projecto é um dos alicerces do Douro-Regia Park, um dos pólos do futuro Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes, que tem como principal parceiro o PortusPark. O pólo do Douro, que tem como principais investidores a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Câmara de Vila Real terá um edifício central de serviços, uma incubadora de empresas e o Centro de Excelência da Vinha e do Vinho.
Emídio Gomes, o responsável da PortusPark, reconhece que se trata de um projecto de "elevado risco", porque a sua sustentabilidade vai depender, em grande parte, da qualidade da investigação que o futuro CEVV venha a produzir e da procura que venha a gerar. Mas aquele professor da Universidade Católica do Porto acredita que a fileira agro-alimentar, área em que a UTAD possui bons investigadores e conhecimento, tem um grande potencial, além que outras universidades, como a Católica, deverão entrar como parceiros. O primeiro orçamento aponta para um investimento inicial de um milhão de euros, suportado em 50 por cento por verbas europeias, em 30 por cento pela Câmara de Vila Real e em 20 por cento pela UTAD e pelos parceiros/associados que vierem a aderir ao projecto. Os custos de manutenção dos primeiros cinco anos serão basicamente assegurados pela universidade e pela autarquia.