Governo vai vender Portugal à mesa
Lusowine | 20-01-2006
A gastronomia e o vinho são o primeiro dos dez produtos estratégicos definidos pelo Governo para desenvolver o Turismo em Portugal no âmbito do Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT) ontem apresentado em Lisboa pelo secretário de Estado do sector, Bernardo Trindade, e pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
A aposta prende-se com o facto de existir uma “procura sofisticada e exigente” na área da gastronomia e do vinho, da taxa de crescimento neste sector se situar entre os sete e os 12% ao ano e por a despesa média ser elevada, chegando aos 300 euros por dia.
Este é, porém, apenas um dos dez produtos estratégicos para o Turismo ontem apresentados (ver caixa) e que vão ter direito a incentivos financeiros no âmbito do PENT. Ao apresentar o plano, Bernardo Trindade afirmou esperar que para o próximo ano seja possível “atribuir incentivos à modernização de equipamentos turísticos e a produtos complementares”. O governante sublinhou que “quem apostar nestes produtos terá incentivos”, mas recusou-se a revelar as verbas disponíveis, referindo que isso só se vai saber quando o próximo Quadro Comunitário de Apoio for discutido.
No âmbito do primeiro programa nacional para o Turismo, o Governo vai olhar “com atenção redobrada para as zonas mais tradicionais”, mas sem perder de vista a necessidade de criar novos pólos de atracção como o Alqueva, a Região Oeste, o Douro, o Porto Santo ou os Açores.
Com este plano, o Governo quer que Portugal se torne num “destino de excelência” e “contribua mais para o crescimento do PIB” – actualmente representa apenas 10% do Produto Interno Bruto – e para a “geração de emprego qualificado”.
Por seu lado, Manuel Pinho frisou que Portugal precisa de “concretizar mais projectos para que o turismo tenha o peso na medida do seu potencial”.
O ministro da Economia relembrou os investimentos conseguidos para o sector do Turismo nos últimos dez meses que representam um investimento da ordem dos 1,5 mil milhões de euros. Trata-se dos projectos Parkalgar, no Algarve, Tróia, Costa Terra e Pinheiro, na costa alentejana.