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Mercados alvo: Europa, Ásia e PALOP

Paço das Cortes promove vinho da Estremadura no mercado internacional

Leiria Económica | 20-04-2006
A empresa Paço das Cortes Lda., criada em Setembro último, está vocacionada para a produção e comercialização de vinho, e totalmente direccionada para a exportação. Segundo Luís Rosado, sócio da empresa, o objectivo passa por promover, divulgar e comercializar vinhos da Estremadura no mercado externo. Numa fase inicial, o mercado alvo é a Europa.
A empresa, com sede em Ponte da Pedra, Leiria, elegeu o mercado europeu como prioritário, sobretudo devido ao conhecimento de clientes e prospecção já desenvolvida, que resulta numa maior facilidade de introdução dos produtos. No horizonte está também o mercado asiático, nomeadamente a China, «que é um país emergente na descoberta do vinho», explica Luís Rosado. A médio prazo, os vinhos Paço da Cortes marcarão presença também nos PALOP.

A comercialização no mercado externo será assegurada por agentes, sendo que o objectivo, para o primeiro ano de actividade, cifra-se na venda de um milhão de garrafas.

Segundo Luís Rosado, os vinhos Paço das Cortes – com destaque para o Paco das Côrtes Reserva; Critterium Reserva e Reserva das Cortes – já foram apresentados aos clientes internacionais, tendo-se registado «uma boa aceitação».

Nesta primeira fase, 20% do produto comercializado será assegurado por produção própria, através de parcerias que a empresa firmou com alguns produtores nesse sentido. O restante será adquirido a produtores e armazenistas regionais.

A estratégia de divulgação das marcas Paço das Cortes passa pela presença nas principais feiras internacionais, nomeadamente na Prowein – Feira Internacional de Vinhos, em Düsseldorf, na Alemanha; na London Wine Trade e na Feira Internacional de Bordéus.

A presença nos certames será feita «em parceria com produtores complementares e de outras regiões vinícolas», adianta ainda Luís Rosado.

Adequar o vinho a cada um dos mercados

A estratégia da empresa vinícola passa por adequar, tanto o vinho, como a sua imagem, a cada um dos mercados eleitos como estratégicos. «É assim que pretende marcar a diferença no mercado», explica Luís Rosado.

Os mercados internacionais exigem «vinhos muito frutados, com cor, álcool (mínimo 13 graus), e que sejam fáceis de beber», revela aquele responsável.

Para definir o “estilo” do vinho, a empresa conta com a colaboração do enólogo António Ventura, «que tem uma enorme sensibilidade para os mercados internacionais, o que permite adequar a tipicidade do vinho ao mercado de destino. É um dos melhores enólogos de Portugal e o que mais vinho faz no nosso país», salienta Luís Rosado.

António Ventura tem uma especialização em vinhos brancos no Instituto de Viticultura e enologia de Geisenhein, possui uma pós-graduação em enologia pela Charles Sturt University (Austrália ) e uma outra, também em enologia, pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica.

Dos vinhos que já produziu, destacam-se em concursos nacionais e internacionais vários premiados, com ouro, prata e bronze.

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