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Produtora de vinho desdramatiza perdas

The Fladgate Partnership considera previsões “exageradas” - ANTETÍTULO

O Primeiro de Janeiro | 22-06-2006
A produtora de vinhos do Porto The Fladgate Partnership considerou ontem “exageradas” as previsões de perda de 80 por cento da produção da Região Demarcada do Douro com a tempestade do dia 14, antecipando uma quebra de dez a 20 por cento.
“Hoje podemos concluir que as notícias exageraram sobre a extensão dos estragos. A zona afectada pela queda de granizo representa uma pequena parte dos vinhedos da região e as nossas estimativas apontam para que a destruição represente dez a 20 por cento de quebra na produção”, refere a empresa detentora das marcas Taylor’s, Fonseca Porto, Croft e Delaforce em comunicado.

Contudo, e “tendo em conta as actuais condições de tempo e húmido”, a The Fladgate Partnership alerta para “um claro risco acrescido de perdas de produção devido à propagação de doenças a partir dos cachos afectados”.

De acordo com a empresa, uma vez que apenas parte das uvas da Região Demarcada do Douro é usada para produção de vinho do Porto, “não é de esperar que estes estragos influenciem significativamente o volume deste vinho a produzir nesta vindima”. Ainda assim, e porque a tempestade afectou “algumas das melhores quintas”, os estragos “podem vir a ter um impacto importante na produção de vinho do Porto de qualidade e inflacionar o preço das uvas de melhor qualidade na próxima vindima”.

Com um total de 1,3 milhões de pés de vinha nas suas propriedades, a The Fladgate Partnership diz terem sido atingidos pela tempestade 750 mil, estimando-se uma quebra de produção na ordem dos 40 por cento.

“As nossas quintas de Terra Feita, Junco, Cruzeiro e Roeda, todas localizadas na zona do Pinhão, foram afectadas violentamente. A quinta de Corte, no vale do rio Torto também foi afectada”, refere.
Quanto às quintas Casa Nova e Santo António, ambas na zona do Pinhão, escaparam aos danos, assim como as de Vargellas, São Xisto e Panascal.
 
Fornecimento Assegurado

Segundo a empresa tudo indica que as vinhas localizadas na zona afectada também “tenham sido violentamente atacadas” e que as propriedades fora desta apresentem
os cachos intactos. “Apesar de os estragos, a nossa capacidade de fornecer vinhos do Porto de elevada qualidade não foi afectada”, garante o director geral da empresa, Adrian Bridge.

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