Serviço de Vinho Responsável incentiva um consumo responsável
APHORT, ACIBEV, ViniPortugal e Sogrape juntas no lançamento de uma formação para empresários de elevado perfil Horeca Norte e autoridades da sociedade civil.
A promoção de um serviço responsável que incentive o consumo responsável de vinho foi o objectivo que uniu APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo - e a ACIBEV - Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal, com o apoio da ViniPortugal e da Sogrape Vinhos. As quatro entidades lançaram um programa de formação de serviço responsável para empresários de elevado perfil da restauração e hotelaria do Porto e da região Norte e autoridades da sociedade civil. “O Serviço Responsável faz o Negócio Sustentável” é o mote deste compromisso firmado no âmbito do Fórum Nacional de Álcool e Saúde.
Rodrigo Pinto Bastos, presidente da APHORT salientou que ”Estamos assim a desenvolver, pela primeira vez em Portugal, o que já existe noutros países, um programa especial de formação tendo em vista um Serviço responsável de vinho.”, congratulando-se por terem concluído “uma importante etapa, com a apresentação pública do manual “O Serviço responsável faz o negócio sustentável”.
No seu discurso, o Presidente da APHORT evidenciou a importância do vinho no sector Horeca, justificando que “cada vez mais estabelecimentos consideram que um bom serviço de vinhos e uma cuidada carta de vinhos podem acrescentar valor à oferta, gerar mais negócio e melhorar a posição do restaurante num mercado competitivo e cada vez mais exigente”. Reforçou que “APHORT está naturalmente sensível a estas preocupações (de Saúde Pública) e associa-se às iniciativas que visam reduzir os efeitos nocivos do consumo excessivo de álcool, particularmente entre os jovens, e em meio laboral, área em que temos sido pioneiros no nosso sector.” Sustentou ainda que acreditam “que é necessário o envolvimento de todos os sectores da sociedade (famílias, público, escolas) e não só das autoridades e dos operadores económicos”, pois “todos têm um papel para desempenhar, cada qual na sua área de actuação”.
Por outro lado Ana Isabel Alves, Secretária-geral da ACiBEV apelou à necessidade de moderação e realçou que este é um projecto que consideram “muito importante na mudança de mentalidades”. Estamos sinceramente convencidos que o combate aos malefícios do álcool em Portugal se faz, muito mais, pela Educação e Formação, do que pela implementação de modelos vindos de fora que nada têm a ver com a nossa cultura e tradição. Sentimos, além disso, que a indústria e os profissionais do sector têm um importante contributo a dar no combate ao consumo indevido de álcool, ajudando a criar uma verdadeira Cultura de Moderação.”
Salientou que “há sempre uma minoria que abusa dos produtos alcoólicos de forma prejudicial para si própria e para aqueles que a rodeiam.” E explicou que programa lançado por esta parceria surge no âmbito do programa WINE IN MODERATION, em português “Vinho com Moderação”, “considerado um dos melhores programas implementados no âmbito do Fórum Europeu Álcool e Saúde e desenvolvido pelo sector europeu do vinho.”
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirmou na preocupação na formação profissional assente na necessidade de assegurar que em Portugal os consumidores bebam melhor”. Atentou que “ a única forma de sustentar o negócio é sustentar o consumo” e justificou a necessidade da implementação deste programa para “formar profissionais para que sejam os primeiros e melhores conselheiros do consumidor”. O mesmo responsável acredita que a diminuição da rentabilidade do negócio não deve ser questionada, pois “pelo mesmo dinheiro pode beber-se melhor, mesmo que se beba menos”.
Enquanto Vasco Magalhães, Wine Educator da Sogrape, defendeu que “o serviço responsável é um compromisso social”, evocando a necessidade de “defender a cultura do vinho, a sua gente, a sua paisagem e o seu consumo moderado num ambiente económico e social que permita o desenvolvimento sustentável de negócios responsáveis, e provocar mudanças culturais na abordagem ao consumo de álcool.”
Defendeu que a defesa de um consumo moderado deve ser estar alicerçada na promoção da moderação e responsabilidade no consumo de vinho, no apoio da mensagem do vinho como um produto premium a ser saboreado lentamente e bebido moderadamente e na política de informar e educar intervenientes e público.
Sugeriu “quatro passos importantes na implementação de um serviço responsável: Compreender o Poder do Álcool, Conhecer a Legislação, Criar o Ambiente Certo e Enfrentar as dificuldades.”