Turismo do Algarve lança Rota dos Vinhos para promover enoturismo
Já podemos começar a falar nisso [em enoturismo], porque o que já é conhecido, o que temos experimentado e sabemos existir já dá para pegar nessa palavra.
E obviamente é uma forma de começarmos a potenciar essa forma de turismo e a escolha que os turistas cada vez mais fazem para optar por determinadas regiões", afirmou Desidério Silva no final da apresentação.
O presidente do Turismo do Algarve disse que o organismo tem estado a trabalhar com a Comissão Vitivinícola do Algarve para conseguir preparar estes roteiros na região, que "já tem alguma qualidade e alguma oferta minimamente sustentável para isso", depois de as primeiras sete adegas terem criado as condições necessárias para serem visitadas por quem fizer um dos quatro roteiros, criados em Lagos, Portimão, Lagoa e Albufeira.
"Desde há quatro anos a esta parte isso melhorou substancialmente. A qualidade dos vinhos, que têm um valor acrescentado, depois as próprias adegas e produtores tiveram o cuidado de criar as condições para receber em termos de higiene, de qualidade, segurança e de oferta, as próprias paisagens já existem e há aquelas que já têm, no âmbito da rota, algum alojamento associado e alguma restauração associada", precisou.
Desidério Silva considerou que o enoturismo no Algarve tem assim tudo encaminhado para que, "daqui a três a quatro anos, a região tenha um produto já muito identificado, valorizado e com uma qualidade muito boa", com a região a dispor de mais de 150 referências de vinhos.
O presidente do Turismo do Algarve frisou que o lançamento destes quatro primeiros roteiros pode ser brevemente seguido por mais dois, a criar em Loulé e Tavira e que estão a ser preparadas para poderem ser visitados, tendo o coordenador da Rota dos Vinhos do Algarve, Aníbal Neto, adiantado à Lusa que esse trabalho pode ser concluído até ao fim do ano.
Desidério Silva lembrou a "inércia" e a "quase falta de vontade" dos produtores em organizarem-se para mostrar que o Algarve também pode ser conhecido pelos vinhos de qualidade, o que "fazia com que os próprios produtores e adegas perdessem, mas também que a região não tivesse a possibilidade de se afirmar e identificar este produto na sua oferta turística".
"Os hotéis cada vez mais já não vendem só os quartos, vendem também experiências, ofertas diferenciadas, desde as caminhadas, à BTT, às rotas dos vinhos, a observação da natureza, de aves. Estamos numa região fantástica, com um clima fabuloso. E esta rota, onde estes sete aderiram para já e há outros nessa linha, vai permitir que dentro de algum tempo a região possa ser identificada como zona de enoturismo", concluiu.