Ao Jornal de Negócios, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, disse que esta será uma medida “dramática para a produção”, acrescentando que “aumentar o IVA ou alterar o IEC (Imposto Especial do Consumo) no vinho é matar toda a fileira em Portugal”. O responsável lembra ainda que tudo o que diz respeito ao vinho tem origem em Portugal, desde o vidro da garrafa até à cortiça da rolha, alertando que este sector empregou em 2010, 200 mil pessoas no país e que dele dependem 55 mil produtores. Além disso, coloca-se a questão da competitividade europeia já que a isenção do IEC é vigente em todos os países produtores europeus como a Espanha, a França, a Itália e a Alemanha. “Não temos dúvidas que o aumento do IVA irá prejudicar de forma tremenda as vendas nas grandes superfícies e agravar, e muito, o já reduzido consumo nos restaurantes”, defende a direcção da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas. Ana Isabel Alves, secretária-geral do organismo, afirma que um aumento de 10% “implicará uma subida no preço do vinho de 8,8%, caso o agravamento seja repercutido no preço final”.